Projeto
ÁGUA QUE CAI DO CÉU
Como coletar, armazenar e aproveitar chuva que cai sobre os edifícios
INTRODUÇÃO
Antes de detalhar o sistema
que criei, quero publicar aqui o antigo provérbio que me inspirou a ideia,
aparentemente utópica, do "supermutirão hidráulico nacional"
que estou propondo. Aí vai:
"Se
em determinado dia, cada chinês varrer a calçada em frente de sua casa, em apenas
um dia a China estará completamente limpa" (Autor desconhecido, mas
chinês, com certeza!)
Não
adianta ficar chorando pela água que não foi derramada nas represas que atendem
às várias cidades do Sudeste. As discussões sobre os culpados desta situação de
crise hídrica, ou sobre o que o(s) governo(s) deveria(m) ter feito, são
intermináveis e inúteis, pois não produzem soluções práticas para a grave seca que
estamos enfrentando. E, fato incontestável que todos nós já aprendemos a duras
penas, é que podemos contar com o governo
somente até certo ponto. Quanto ao bom
santo, São Pedro, ele atende às nossas orações que clamam por chuva, mas a "pontaria"
dele parece não andar muito boa. Deve ser a idade avançada, pois tem chovido
mais no coração dos centros urbanos, castigados pelos repetidos alagamentos, do
que nas represas. Estas precisarão de
anos de muita chuva para voltarem aos seus níveis de normalidade.
Daqui
a algumas semanas, estaremos nos deparando novamente
com um verão de incertezas climáticas. Temos pouco tempo para colocar
em funcionamento soluções práticas que possam
garantir um pouco mais de segurança hídrica
durante o enfrentamento da terrível seca que, muito provavelmente, se repetirá nos próximos anos. A boa notícia é que nunca nos faltaram criatividade nem recursos para
resolver nossos grandes problemas. Somos um povo consciente, criativo, solidário
e, sobretudo, um povo de milhões de indivíduos talentosos em trabalhos manuais.
PROJETO E EXECUÇÃO
Os
prédios têm, em sua maioria, um recinto conhecido como Casa de Máquinas dos Elevadores,
cujos tetos elevam-se acima da última laje que cobre o edifício. A solução que compartilho nasce do
aproveitamento desta área comum de meu prédio, sobre meu apartamento de
cobertura. As figuras aqui apresentadas ilustram e resumem, passo a passo, as soluções técnicas desenvolvidas. Tudo
começa com a laje que cobre o teto da casa de máquinas dos elevadores de meu prédio
(Figuras 1 a 5).
Conforme
justifico ao longo desta publicação, com muita facilidade e baixo custo de
materiais, eu e o meu filho de 13 anos construímos um eficiente sistema de captação, armazenamento e
distribuição de água de chuva para
dentro de casa, incluindo a área externa, nossa pequena varanda.
Figura 1. Superficie externa do
teto da casa de máquinas dos elevadores.
Figura
2. Orifício de saída da água de chuva que cai sobre o teto da casa de máquinas. Esta superfície tem cerca de 30 m². Durante
uma chuvarada noturna de intensidade média, após 2 horas já tinha enchido uma caixa com
capacidade de 1000 litros, deitando o excesso pelo "ladrão".
Antes
de mais nada, o baixo custo dos materiais é uma grande vantagem. Deve-se,
principalmente, ao fato de todos os componentes serem de plástico. Como veremos, isto inclui
desde caixas d'água, canos e conexões, até as torneiras instaladas nos
banheiros.
Figura
3. A seta aponta para o cano que anteriormente recolhia a água de chuva e a
conduzia diretamente para o ralo de águas pluviais. Agora, só o faz após ter enchido
a caixa d'água.
A mão
de obra, foi inteiramente grátis, graças a um razoável grau de habilidade que, desde garoto, possuo para
lidar com ferramentas, e também a algumas horas de ajuda inestimável que o meu
filho de 13 anos prestou "brincando de lego
para adultos", segundo as palavras dele. Eu e o meu garoto fomos capazes de projetar e
montar, em poucos dias (menos de 20 horas dedicadas somente a este trabalho),
um eficiente sistema de captação e armazenamento de chuva, que, por enquanto, só atende ao
nosso apartamento, já que o terraço do condomínio ainda está em obras de
impermeabilização (Figura 6). Quando pronto,
este terraço de 360 m² poderá abrigar um sistema semelhante e maior, capaz de
disponibilizar água de chuva emergencial para todos, através de tubulação
externa que irá alimentar torneiras
instaladas em cada um dos 8 corredores (1 por andar) que dão acesso aos demais
apartamentos, garagem e pequenas áreas de uso comum (Figuras 7 a 9). Estou "negociando"
essa ideia com o Eduardo, nosso diligente síndico e meu amigo pessoal, para
este assunto estar em pauta na próxima reunião de condomínio.
Figura 4. Canalização para nossos
banheiros, tanque e máquina de lavar roupa. Como a superfície de captação é limpa,
a água de chuva se presta para lavar roupa.
Figura 5. Canalização para a nossa
varanda.
Figura
6. Terraço do Condomínio em obras. Esta área tem cerca de 360 m² e,
futuramente, comportará várias caixas de armazenamento da chuva que cai sobre a
laje das coberturas (+- 140 m²). Essa
água será distribuída para os 8 andares abaixo.
Figuras 7. Exemplo de tubulação com a torneira conectada com o cano de
descida externo (que não aparece), e se localiza por detrás do basculante de um
dos corredores. Trata-se de uma
instalação bem rústica, de emergência, que poderá ser aperfeiçoada
posteriormente.
Figura 8. Conjunto torneira, balde e "pires", que continua a tubulação apresentada na imagem anterior (Figura 7). O "pires" consiste de uma caixa de
plástico reciclado utilizada por pedreiros para preparar argamassa em pequenas
quantidades. Para
evitar perfurações na parede do edifício, é possível abrir uma passagem para o pequeno
tubo horizontal que liga a canalização
interna (a da torneira) na canalização que distribui água para os andares
(externa). Pode ser usada uma serra capaz de cortar alumínio, ou máquina de
furar elétrica. É
fundamental retirar-se temporariamente a
lâmina de vidro fixa (apontada pela seta
azul na Figura 7) para que a montagem da tubulação possa ser efetivada exclusivamente
dentro dos corredores.
Figura
9.O "T de 40 mm. com redução para 20 mm. A seta aponta para o pequeno tubo
que deverá ter comprimento compatível com a largura do peitoril de mármore onde se apoia a
esquadria do basculante do corredor, mais 3 cm reservados metade para cada
ponta, que serão inseridos
no "T" e no joelho. Este por sua vez, será acoplado â pequena canalização interna que
termina na torneira. Estes tubos horizontais
serão apoiados nos peitoris de mármore garantir a distribuição
do peso deste conjunto e facilitar sua fixação.
CONCLUSÕES
Então,
a pergunta que não quer calar: por que
não começar a replicar sistemas semelhantes, AGORA, durante o inverno e início
da primavera , nos milhares de prédios das cidades do sudeste, por exemplo?
Vejamos
o que já temos de positivo para esse "supermutirão hidráulico":
Em
cada grande edifício de apartamentos, quer seja residencial, comercial, ou
misto, habitam pelo menos:
a) Um
engenheiro civil (ou estudante de engenharia) que pode esboçar um pequeno
projeto destes, orientar quanto a limites de peso de caixas d'água comportáveis
pelas lajes, determinar as correções necessárias nos revestimentos do teto da
casa de máquinas dos elevadores, higienizações dos locais, locais ideais para
passagem de canos e demais fatores importantes.
b)
um "Professor Pardal" aficcionado por desafios técnicos, e habilidoso
com trabalhos manuais (meu caso)
c) algum
ou vários adolescentes e adultos que gostem de brincar com lego ou outros tipos de brinquedos de montar . Vão se divertir
muito bolando sistemas, cortando tubos, soldando com cola especial as conexões
de plástico, etc. Isto
significa que, com a ajuda desta mão de obra tão especial, BRINCANDO podemos
minimizar os efeitos da SERÍSSIMA crise hídrica nas cidades do sudeste
brasileiro em tempo recorde.
d)
alguém que seja, ou conheça, um profissional de obras que possa ajudar em
algumas tarefas mais difíceis, como furar uma laje ou parede para passagem de
tubulação.
e)
alguém que seja dono de loja ou conheça um comerciante de materiais de
construção que possa oferecer bons descontos e informações sobre como utilizar corretamente
os materiais necessários. Sou muito grato ao
"Seu" Antônio, dono da hidroelétrica que funciona na galeria
comercial que fica no próprio prédio onde moro. Deste experiente profissional,
que conhece tudo sobre hidráulica, além de ser um amigo muito paciente, obtive
as melhores aulas sobre como lidar com os materiais que adquiri para construirmos,
eu e meu
filho, nosso sistema de captação de chuva.
Por
que não instituir, então, pelo menos na região sudoeste, uma gigantesca ação coletiva, constituída
principalmente de moradores de apartamentos, que financiem e/ou trabalhem diretamente
para que, cada prédio tenha seu próprio sistema coletor e armazenador de chuvas,
bem antes da chegada do verão?
Nas cidades de médio e grande porte, a crise
hídrica não se resume apenas à possibilidade de faltar água nas torneiras
devido a racionamentos gerais ou em "rodízio",
como se fala em São Paulo.
Toda
a água distribuída pelas companhias de
águas aos prédios fica inicialmente acumulada em cisternas subterrâneas.
Cada
edifício tem suas próprias bombas elétricas, que transferem esta água para os
reservatórios que se situam no último andar. É dali que derivam os canos de descida que vão abastecer os
apartamentos pela força da gravidade.
Se
acontecer um apagão de algumas horas devido a parada de funcionamento de uma
usina hidroelétrica por falta d'água na represa que a abastece, as bombas dos
edifícios de cidades inteiras vão parar. A reserva das caixas d'água superiores vai se esgotar. Logo os apartamentos estarão sem água.
Imagine
a situação de desconforto que chega a ser até bastante bizarra: sua cidade está alagada por
causa da chuva que está caindo, você está no escuro; a represa que abastece sua
cidade está cheia, mas você está completamente sem água porque as bombas do seu
prédio não funcionam por falta de energia elétrica!
As figuras
que apresentam aspectos técnicos da montagem revelam sua simplicidade. Podemos construir
com nossas próprias mãos nosso sistema de segurança hídrica. E garantir um
ótimo funcionamento. É uma das grandes soluções para redução substancial dos
problemas causados pela escassez de água para uso diário e imediato.
Os
tetos de nossos edifícios, munidos com suas lajes ou tetos das casas de
máquinas, são presenças obrigatórias em nosso prédios. Claro, possuem características variadas, em função da
quantidade de elevadores que o edifício possui, seu projeto arquitetônico etc.
A nossa está referenciada na Figura 1.
Como
vimos acima, a chuva armazenada poderá, através de uma tubulação bem simples,
ser disponibilizada em torneiras situadas nos corredores que dão acesso aos
apartamentos e na garagem.
Com
uma versão inicial, bem simples, do sistema de coleta de chuva que criei, se for implantada em massa nos
prédios, obteremos alguns ganhos importantes:
1- O
mais importante de todos: é o que envolve uma questão de SAÚDE PÚBLICA. Temos
que obter água abundante e grátis para as descargas dos vasos sanitários. Não
faz sentido ter que comprar uma água que se tornou caríssima para este fim. É,
literalmente, jogar dinheiro fora pela
privada. Pelo menos durante esta situação de crise, que cada morador de
apartamento possa, pelo menos, em caráter de emergência, encher seu balde na torneira instalada no corredor do seu andar
e destiná-la ao esgoto, despejando-a na
privada do seu banheiro. Será bem gratificante e saudável para todos poderem seguir suas vidas sem estarem mergulhados numa
atmosfera impregnada de maus odores.
2- lavagem
de pisos dos corredores, garagem, pátios etc.
3- Se
houver sobra em dias de chuva abundante
e continuada, lavar carros.
Existe
uma vantagem adicional deste sistema de captação de chuvas que ainda não
comentamos, mas é extremamente relevante. Durante as chuvas, toda a água que
cai nestas superfícies é, normalmente, desviada para ralos do sistema de coleta
de águas pluviais do município. Ora, por que não armazená-la numa caixa d'água
(ou um conjunto de várias pequenas conectadas entre si) e permitir que somente
a chuva excedente vá para o ralo?
Existem
milhares de prédios situados nas dezenas
de cidades de médio e grande porte. Se
existirem milhares de sistemas coletores de chuva e suas caixas estiverem
cheias apenas pela metade, pouco antes de uma inesperada pancada de chuva de
verão, elas vão poder armazenar, durante algum tempo (questão de minutos)
alguns milhões de litros d'água que estariam saturando os sistemas de coleta de
águas pluviais. Como consequência da captação e armazenamento da chuva no topo
dos edifícios, haverá uma diminuição temporária dos alagamentos nas ruas. Pelo
menos, nas ruas, as pessoas terão um pouco mais de tempo para se protegerem
melhor. Posteriormente, aquela água da
pancada de verão que foi armazenada, será aos poucos, pelo despejo normal dela nos
vasos sanitários, direcionada para a rede de esgotos.
Estas
vantagens podem ser obtidas sem custos elevados, sem obras complicadas, sem
depender de contratação de firmas especializadas e, sobretudo, sem dependermos exclusivamente das decisões dos nossos
governantes.
Enfim,
é muito importante não ficarmos mais tão à mercê das Companhias de Águas das
cidades, órgãos reguladores e promotores de aumentos completamente descabidos
nas contas de água.
No
meu entender, seria benéfico para todos se todos os níveis de governo entrassem
em acordo, em caráter emergencial, determinando uma substancial redução nos impostos que incidem na indústria e comércio
dos implementos necessários para baratear
a construção destes sistemas que têm a finalidade de minimizar os efeitos da
crise hídrica que ora atravessamos.
Se os técnicos e fiscais das
Prefeituras estiverem imbuídos do
espírito de colaboração, estas instalações poderão ser terminadas a tempo de
minimizar, em larga escala, um dos maiores problemas que o país enfrenta,
talvez o mais grave. Meu maior desejo é que o pessoal das Prefeituras oriente,
incentive, ajude os moradores de apartamentos a montarem seus sistemas de
captação e distribuição de água de chuva.
Se os fabricantes de
conexões, tubos, caixas d'água e afins, ao invés de aumentarem os preços de
seus produtos com a desculpa do repentino
aumento da demanda (atitude típica dos "picaretas" que
praticam o lado selvagem do capitalismo) aumentarem suas produções criando mais turnos, contratando mais
trabalhadores, vai ser bom para a nossa Economia, gerando mais empregos e
negócios envolvendo a indústria, comércio e prestação de serviços no "ramo
hidráulico" da engenharia civil.
Chegamos
a um momento histórico em que todas as discussões judiciais ou não sobre responsabilidades,
aumento de tarifas, multas, prêmios para quem
economiza água, promessas e "garantias" advindas de políticos, já começam
a perder todo o sentido. A gravidade da nossa crise hídrica é tão
grande, que passa a fazer sentido uma
coisa só: não morrer de sede nem de doenças provocadas pela seca. Ou passar até fome, pelo
desemprego que possa ser gerado pelo fechamento de inúmeros negócios que
dependem essencialmente de água para
serem tocados.
Então,
faça um favor a todos nós: divulgue a ideia desse "supermutirão hidráulico"
ao máximo que puder. Ainda dá tempo para, com esforço de todos, principalmente dos adolescentes de 16 a 83
anos, produzir BRINCANDO condições que
nos tornarão mais felizes no verão que vem, do que naquele que passou.
Mãos
à obra, muita água e alegria para todos!
Celebração
da nossa primeira captação de chuva, durante a noite anterior, com direito a banho de... chuva!
Rio de Janeiro, julho de
2015
Alan
V. Azambuja
alanazambuja2@gmail.com
Aos
interessados, a seguir notas adicionais sobre a operacionalidade da construção
do sistemas e alguns cuidados:
A
duração de um trimestre é mais do que suficiente para que todos os prédios da
região sudeste estejam equipados com seus respectivos sistemas coletores de
chuvas.
No
primeiro mês, poderiam reuniões de moradores para planejar rateios, divisão de
tarefas como planejamento, projetos, higienização, reparos e adaptações dos
locais de instalação, quem participa das
montagens etc. e, principalmente,sem esquecer de:
DETERMINAR
PROIBIÇÃO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES NO TOPO DO PRÉDIO SEM ESTAREM ACOMPANHADAS
DE, PELO MENOS UM ADULTO RESPONSÁVEL.
Sobre
a higienização: é muito importante a total inexistência de baratas, pombos e
ratos, além da sujeira depositada especialmente pela poluição do ar nas
superfícies que receberão a chuva que será coletada. Depois de preparadas e
limpas, sugiro que seja aplicada uma camada
(ou camadas) de um impermeabilizante à base de borracha líquida, de preferência
de cor branca, para melhor monitoração do estado de limpeza. O acoplamento
entre o ponto de saída da água colhida e o sistema de caixas, deve ser feito por meio de tubos e
conexões encaixáveis entre si, de modo que a água bem clorada utilizada para a
limpeza da superfície de coleta possa ser encaminhada diretamente para o ralo.
Fig. 11 - Indicador de nível d'água armazenada fácil de
confeccionar. A marca d'água indica cerca de 300 litros. Foram
utilizados um pedaço de mangueira transparente de 1polegada, 2 joelhos de 25 mm, 2 flanges e 2 Abraçadeiras.
No
terceiro mês, finalizações e... muitas orações para que chova logo nas cidades,
para testes, pequenas correções, aperfeiçoamentos dos novos sistemas e muita
alegria!
Numa
fase posterior, terá chegado a vez de canalizar toda essa água "colhida
dos céus" diretamente para cada banheiro, área de serviço, varanda e até a
cozinha. No caso de utilização desta
água para cozinhar, ou beber, será mais sensato só o fazermos quando estivermos
mais informados e aparelhados para tratá-la convenientemente, evitando assim a
possibilidade qualquer dano para a nossa saúde. É nesta fase que haverá maior
participação dos técnicos em hidrologia, biólogos e obras e reformas em
alvenaria e hidráulica. Haverá muito trabalho para todos.
O
primeiro passo a ser dado, é instalarmos as torneiras de emergência nos corredores dos
andares. Debaixo de cada torneira, pode-se usar como "pires" aquelas
caixas de plástico preto que os pedreiros usam para preparar pequenas
quantidades de massa de cimento e areia. Sempre que se abre uma torneira para
encher um balde, acontecem respingos. (Ver
Fig. - 8)
No
que diz respeito à nossa conta d'água que vem da rua, não obtenho nenhuma
vantagem financeira pela economia, pois sendo meu prédio de construção antiga,
a conta geral de água e esgoto é dividida igualitariamente entre os responsáveis
por cada unidade de residência. Em função disto, poucos dos meus vizinhos se preocupam em economizar água. No entanto,
para mim e demais membros da família, desde já tem sido muito gratificante saber que poderemos lavar nossos pisos, regar plantas, dar
descargas à vontade, tomar duchas para tirar areia do corpo quando chegarmos da
praia, e até lavar roupa na máquina sem o menor sentimento de culpa. Sobretudo,
estamos em paz com nossas respectivas consciências ambientais e nos sentindo
completamente seguros ante às "incertezas hídricas" que os próximos
verões nos reservam.
Fig.12 - Registro de segurança da tubulação destinada à
varanda
Fig.
13 - Ducha na varanda para retirada de areia da praia. Um
pouco atrás, aparece a jardineira que se
transformará em "terreno agricultável de subsistência alimentar" de 1,5
m², comportando uns 3 - 4 tomateiros que
nos dias quentes e secos se beneficiarão
da água de chuva armazenada.
IMPORTANTE: Crianças e adolescentes em
topo de prédios e lajes de casas, deverão
estar SEMPRE acompanhadas de, pelo menos, UM ADULTO RESPONSÁVEL!
Dá uma olhada neste site cujo link é:
Não sei até que ponto as estatísticas deles estão atualizadas, mas é
impressionante a quantidade de prédios prontos que eles afirmam existir
só em Sampa: 6.197 !
Considerando que uns 5.000 possam ter 8 andares, o que significaria a existência de elevadores com suas casas de máquinas, acho importante enfatizar, em alguma oportunidade, a necessidade dos paulistas começarem a construir seus sistemas o mais cedo possível, pelas seguintes razões:
1 - Pelas boas condições de temperatura para trabalhar no teto dos prédios. Debaixo do sol de verão, não dá para ficar mais do que 15 minutos, não precisa nem ser o sol do meio dia. O calor é insuportável, não experimentei ainda, mas acho que na hora do almoço dá prá fritar ovos diretamente na laje!
2 - O momento econômico atual é ideal para obter-se bons descontos nas lojas especializadas em materiais de construção. Aqui no Rio, lojas que sempre estiveram apinhadas de compradores, estão quase entregues às moscas.
3 - É preciso prevenir-se com relação ao tempo de reposição dos estoques dos materiais necessários. Não creio que as fábricas estejam em condições de investir em grandes produções para garantir vendas futuras. Mas se o mercado do material hidráulico começar logo a aquecer-se, acho que não vai haver
tanto desespero de última hora.
Participe desta campanha e divulgue antes que o verão chegue!
Uma iniciativa extremamente prática, e que chega em boa hora !
ResponderExcluirUm exemplo a ser seguido pelas pessoas inteligentes e criativas.
UAU ALAN!!!!!!!! =DDDDDDDDD Que incrível!!!! Muito legal você ter feito um manual e postar aqui!!! <3 Espero que incentive outras pessoas a fazerem e serem ecológicas! Parabéns enorme mesmo por esse trabalho. Preciosíssimo e impecável!!! Beijo enorme!!! =**************
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